Contaminação das águas subterrâneas: monitorar é estratégico para evitar prejuízos

A crescente demanda por recursos naturais gerada pelo crescimento populacional e industrial tem trazido uma preocupação cada vez maior com o meio ambiente. Muitas atividades industriais, especialmente no setor químico, podem contaminar nossos recursos hídricos, tanto superficiais quanto subterrâneos, colocando em risco a saúde ambiental e humana.

De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2023), processos como o descarte inadequado de efluentes, acidentes com produtos químicos e a manutenção deficiente de infraestruturas podem causar sérios danos ao solo e às águas subterrâneas. A indústria química, em particular, é um setor de grande risco quando ocorre o armazenamento inadequado de substâncias e falhas no processo de produção. A contaminação resultante pode ter impactos duradouros e difíceis de remediar.

Águas subterrâneas são fundamentais para nosso cotidiano. Furtado (2023) destaca que um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), mostrou que 43% dos municípios brasileiros são abastecidos exclusivamente por águas subterrâneas e 57% são abastecidos por uma mistura de águas subterrâneas e superficiais. 

Se não forem bem cuidadas, podemos não ter água para tomar!

A DSMA contribui para o monitoramento de águas subterrâneas oferecendo soluções para acompanhar e detectar a presença de micro-organismos específicos, como as bactérias do gênero Dehalococcoides que desempenham um papel importante na degradação de solventes clorados. Essas bactérias, quando presentes em um ambiente contaminado, indicam que processos naturais de biorremediação estão em andamento. Justamente por sua capacidade de degradar vários compostos químicos, a sua presença contribui para que as empresas de biorremediação determinem a melhor estratégia para o processo.

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Denise Hurtado Araújo
CFO da DSMA - Desenvolvimento Sustentável e Monitoramento Ambiental, com MBA em Gestão de Negócios pela USP/Esalq.